Pedinte

Uma mulher estava no ponto de ônibus olhando para o nada. De repente virou-se e se deparou com um pedinte a cinco centímetros do seu lado fitando-lhe.
Maltrapilho, o rosto esquelético com olhos arregalados aparentava ser jovem; pedia um trocado. Solicitamente, ela ia pegando as moedas no bolso da blusa, pois estava frio, quando o homem alertou-lhe que não gastaria em bebida.
Crente no discurso do pedinte, a moça tirou cinco reais do bolso e estendeu-lhe. Antes de pegar o dinheiro, o pedinte repetiu que não compraria cachaça, que o dinheiro era para comprar um lanche. Asseverou-lhe que comeria na sua frente para provar.
Ela deu de ombros e disse que acreditava, que podia ir em paz. Depois que o pedinte se foi, riu-se: “Num frio desses, até eu tomaria uma pinga”. Felicidade é se colocar no lugar do outro.

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