Amar é diferente de gostar


Amar é diferente de gostar.
A máxima não é minha, mas concordo plenamente com ela por várias razões.

Primeiro que o amor é algo que devemos ter por todas as pessoas. Na verdade eu diria que amar é a única coisa que devemos na vida. Esqueça tudo o que disseram que você deve. Ninguém deve nada, a não ser amar.

Por exemplo, devemos amar o inimigo. Eu posso não gostar de uma pessoa, mas se ela estiver passando por uma situação difícil e eu posso ajudar eu vou ajudar.

O Bono Vox disse uma vez que os moralistas americanos queriam culpar os aidéticos por contraírem o vírus. Ele disse que isso seria semelhante a ver um acidente de carro e, ao invés de prestar socorro, apontar o dedo na cara do ferido e culpa-lo por dirigir embriagado. Ora, primeiro a gente presta socorro, depois vai conversar se precisar.

Devemos amar os criminosos. Como? Garantindo um julgamento justo, humanizando os presídios para que o preso seja devolvido à sociedade reabilitado e não pior do que quando entrou. Trabalhando nas causas da criminalidade atentando para os problemas sociais e tal.

Nesse sentido, o amor é a base da sociedade.

Mas falar desses assuntos mais distantes do nosso cotidiano é fácil. Difícil é falar de amor àquela pessoa chata com quem a gente convive. Aliás, conviver com gente chata é um exercício de amor.

Amar é ser paciente com as dificuldades, amar é tolerar os defeitos, amar é suportar a idiotice. Isso, meu caro, é difícil. Acho que foi por isso que Jesus falou em amor ao “próximo”, pois mar o “distante” é bobagem.

Gostar é se dar bem. Gostar é ter afinidade. É ter prazer em estar perto. É ter saudade ao ficar longe. As pessoas de quem gostamos fazem parte de um grupo muito seleto. Foram escolhidas. Gostar não é dever nem obrigação. Gostamos porque queremos. Acudir o necessitado é amar, gostar é agradar mesmo sem necessidade.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O povo da garoa

Eu sou o sr. Madruga

Depois da chuva